Um diagnóstico mais preciso dos primeiros sinais do câncer de mama pode estar a apenas um clique do alcance de médicos e radiologistas. A promessa é do CAD.Net, primeiro protótipo nacional de software, acessível via internet, para processamento de imagens mamográficas.
Além de detectar, ele classifica estruturas possivelmente ligadas à presença de tumores malignos ou benignos. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo que mais mata mulheres no Brasil.
O resultado destaca áreas a serem analisadas com maior cautela e indica possíveis lesões, junto com a classificação de seu potencial cancerígeno. O protótipo é fruto do trabalho do doutorado da engenheira Michele Fulvia Angelo, realizado na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP.
O objetivo é disponibilizar um serviço de processamento de imagens gratuito e de fácil acesso. Segundo a pesquisadora, os softwares disponíveis para compra são todos importados e de alto custo, além de realizarem uma análise limitada.
O CAD.Net pode ser acessado via internet 24 horas por dia pelo site do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens Médicas e Odontológicas (Lapimo), da EESC. Basta que o usuário se cadastre, com login e senha, para poder enviar mamografias - completas ou apenas as áreas de interesse - e ter acesso aos resultados. O site também dispõe de uma base de imagens com laudos on-line.
O grupo do Lapimo coordenado pelo professor Homero Schiabel vem trabalhando na área da mamografia há mais de 20 anos. Estudos em Computer-Aided Diagnosis (CAD), auxílio ao diagnóstico por computador, em inglês, começaram em 1997 e, a partir daí, surgiram vários outros, compondo módulos isolados. O doutorado de Michele reuniu esses estudos prévios num único software.
A pesquisa contou com o suporte de especialistas da Santa Casa de São Carlos, do Hospital das Clínicas da Unesp de Botucatu e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), instituições com as quais o Lapimo firmou convênio.
Mais informações: (0XX16) 3236-3437 (ramal 222) pelo e-mail, com Michele Fulvia Angelo ou pelo endereço.
Fonte: Agência USP
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