segunda-feira, 7 de março de 2011

A data não vai passar em branco, mas será comemorada nos dias 16 e 17 de março

Carnaval adia programações sobre o Dia Internacional da Mulher

Postado por Janaine Aires em Noticia , dia 28/02/2011 às 10:47h
Fonte: Da redação
O dia 8 de março é um dia de comemorações para as mulheres e, mais do que isto, é um tempo de reflexão sobre o papel da mulher na sociedade. Este ano, a data coincidiu com as festividades do carnaval. Por isso, as atividades foram adiadas para os dias 16 e 17 de março. Contudo, o 8 de março não vai passar em branco. Os movimentos feministas também participarão dos blocos carnavalescos com a distribuição de panfletos, faixas e camisetas especiais.
A mudança na data foi feita para que as comemorações não percam visibilidade. Este ano, a temática será “Violência contra mulher, tolerância nenhuma”. Irene Marinheiro, Coordenadora Geral do Centro 8 de março, adianta que no dia 16 de março será realizado um ato público, cuja concentração acontecerá na Lagoa. São esperadas aproximadamente 150 mulheres para uma caminhada que culminará na entrega de um documento ao Governador do Estado, Ricardo Coutinho (PSB).
O documento demonstrará a insatisfação dos movimentos feministas com as mudanças da Secretaria de Políticas para Mulheres. A medida provisória número 160/2011, assinada pelo governador, soma à Secretaria de Políticas para Mulheres a temática da Diversidade Humana, o que gera descontentamento nos setores de representação femininos. “A diversidade humana é muito ampla. Para nós, a secretaria não vai atender as demandas de mulheres”, explica Irene.
No dia 17, estão agendadas mais atividades. Pela manhã, no auditório do Sintep, o movimento está organizando uma palestra para discutir as Políticas Públicas para mulheres. Já no turno da tarde, acontecerá a entrega do diploma Edinalva Bezerra. As atividades são organizadas pelos movimentos de mulheres: o Centro 8 de março, a Cunhã, o Fórum de Mulheres, as secretarias de mulheres dos sindicatos e pela CUT.
História de Luta
Em todo o planeta, a data ganhou significado especial depois do episódio de crueldade que ceifou a vida de operárias de uma fábrica de tecidos, na cidade de Nova Iorque. As operárias ocuparam a fábrica para reivindicar melhores condições de trabalho (redução da carga horária de 16h para 10h e equiparação de salário e tratamento), quando foram trancadas e incendiadas. A violência da repressão vitimou 130 tecelãs norte americanas. Na Paraíba, o movimento feminista permanece na luta contra a violência e pela preservação de direitos. E já se organiza para demonstrar repúdio à veiculação de mensagens que desqualificam conquistas, como a Lei Maria da Penha, que vem sendo apelidada de “Lei Maria da Peia” e mesmo como a “Lei Maria Rapariga”. “A Lei Maria da Penha incomoda e demonstra que o sentimento de posse do homem pela mulher ainda existe. Precisamos dar prosseguimento às lutas”, disse Isabela Candeia, articuladora do Centro 8 de março.

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